Berdych sem dificuldades rumo à final
Depois de ontem ter estado a apenas dois jogos da derrota frente a Leonardo Mayer, Tomas Berdych, número seis mundial e primeiro cabeça-de-série no Jamor, esteve hoje em bom plano diante de Victor Hanescu, responsável pela eliminação de Gastão Elias. O tenista checo esteve muito sólido em todos os aspectos do jogo e não revelou grandes dificuldades para bater o experiente tenistas romeno, pelos parciais de 6-2 6-2.
Naquela que foi a meia-final com a média de estaturas mais elevadas da história do torneio, o tenista checo salvou o único ponto de break que enfrentou no seu serviço e quebrou o romeno nas quatro tentativas de que dispôs. Sempre muito seguro do fundo do court, Berdych impôs o seu ténis mais agressivo e possante, não dando hipóteses a um adversário que se mostrou visivelmente mais desgastado.
“É fantástico estar na final e é um prazer chegar ao final da semana aqui. Hoje consegui encontrar o meu ritmo, bater melhor a bola, no geral foi uma melhor prestação. Esta é a razão pela qual eu jogo ténis, para evoluir o meu jogo de encontro para encontro e chegar a este nível”, afirmou o checo, não escondendo a ambição de conquistar o título: “Quero chegar a Madrid com o título. É o melhor para nem pensar nas condições e adaptar-me facilmente. Hoje encontrei a forma como queria jogar e o resultado foi claro. É assim que quero jogar em terra batida”, concluiu.
Berdych deixou ainda uma palavra de apreço para o seu fisioterapeuta, o português Sérgio Ferraz: “Estou muito feliz com o trabalho dele. Faz mesmo parte da equipa e ele, como fisioterapeuta, é muito importante para mim. Estou a sentir-me muito bem fisicamente”, afirmou. Esta será a terceira final do ano para o tenista de leste, que foi finalista vencido no Dubai e venceu em Roterdão.
Na final de amanhã, onde irá procurar o 10º título da carreira, Tomas Berdych terá pela frente o vencedor do embate entre o espanhol Daniel Gimeno-Traver e o argentino Carlos Berlocq. “Acredito na minha vitória. São ambos grandes jogadores de terra batida. Lembro-me de jogar com o Berlocq num encontro da Taça Davis, na Argentina, e foi muito duro, mas ganhei. Contra o Gimeno-Taver já joguei em Miami, mas em piso rápido, as condições eram diferentes. Tenho de estar concentrado no meu jogo, penso que o mais importante vai ser a forma como eu conseguir jogar”, avaliou.